Você provavelmente já deve ter
se deparado com algumas dessas circunstâncias: Iniciar uma conversa com um
desconhecido, um primeiro encontro, falar em público, estas são situações que
geralmente causam frio na barriga, tremor nas pernas, coração acelerado ou
algum outro sintoma de ansiedade, mas isso é completamente normal, pois toda
situação nova, que foge do habitual pode gerar algum desconforto.
Mas por outro lado quando a
ansiedade nas situações de interações sociais se torna muito elevada e chega a
ser extremamente aversiva, pode significar um problema. O comportamento ansioso ocorrido em demasia e
de forma disfuncional pode ser indicativo de um quadro de Transtorno de
Ansiedade Social, sociofobia ou como é mais conhecido Fobia Social.
Segundo a CID 10 (Classificação
Internacional de Doenças) a Fobia social é caracterizada como o medo de ser
exposto à observação atenta de outrem, levando a evitar situações sociais.
Geralmente são acompanhadas de uma perda de auto estima e medo de ser
criticado. Os sintomas são rubor, tremor nas mãos, náuseas ou desejo urgente de
urinar, sendo que o paciente muitas vezes é convencido que estes sintomas podem
ser causados por outro problema. Se não tratado pode evoluir para um ataque de
pânico.
Por isso, pessoas que apresentam
Fobia Social em geral evitam situações de interações sociais ou quando precisam
enfrenta-las chega a ser um processo muito penoso.
No DSM-IV (Manual de
Diagnósticos e Estatística dos Distúrbios Mentais), a fobia social é descria
como um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. Em decorrência deste medo a pessoa teme agir ou
mostrar sintomas de ansiedade em situações que considere humilhante ou
embaraçosa, bem como a exposição à situação social temida vem a provocar manifestações
de alarme, tensão nervosa, medo e desconforto, tudo isso pode trazer
consequências ruins até o ponto de inferir no modo de vida de quem sofre.
Como a Fobia Social é um
transtorno que se apresenta em situações muito específicas comumente pessoas
com Fobia social apresentam traços de Timidez e Inibição social. Não é fácil
para elas realizarem simples interações sociais, pois estas podem causar
reações emocionais e fisiológicas de terror que conduzem a fuga da situação. As
pessoas que apresentam esse transtorno, são excessivamente preocupadas com a
opinião alheia a seu respeito, são perfeccionistas e determinadas além de
apresentarem em geral um alto senso de responsabilidade, apresentam um bom
desempenho, justamente por terem a preocupação intensa com situações sociais, onde
estará sob avaliação de outros o que desperta intensa ansiedade antecipatória. É
um transtorno que geralmente começa a se manifestar na infância e início da
adolescência e segue um curso crônico, até trazerem sérios problemas para vida
adulta, como afastamento do trabalho, absenteísmo culminando até mesmo pedidos
de demissão entre outros problemas sociais.
Os fóbicos sociais podem ser
classificado em dois grupos: O generalizado que é o individuo que possui medo
da maioria das situações sociais e de desempenho, e o circunscrito que é o
fóbico que apresenta temor em apenas algumas situações públicas e poucas
situações de interação social (*Rangé, B. (2001). Psicoterapias Cognitivo Comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas 2001).
A fobia social é um transtorno
de características incapacitantes, pois os indivíduos que convivem com estas
situações podem se tornar retraídos e cultivar uma visão distorcida de exagero
e irracionalidade em relação ao seu medo.
Muito embora seja um transtorno
que vai além de uma simples timidez, muitas pessoas não levam a sério aqueles que
sofrem com a fobia social, mas é preciso entender que esse assunto precisa ser
tratado com seriedade e jamais ignorado.
Sobre a autora: Regiane
Bezerra Simões Cruz é psicóloga (CRP 20/5146), Especialista em gestão de
pessoas, atua em processos de R&S e no desenvolvimento de pessoas e
orientação psicológica online.
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